Câmara revoga Lei que autoriza
Garagens Subterrâneas em Ilhabela
A Câmara de
Ilhabela aprovou por unanimidade nesta terça-feira (26/3) o PL 14/2013, de
autoria do vereador Dr. Thiago Santos (PSDC) revogando a Lei 982/2012, que
autoriza a construção de garagens subterrâneas nos prédios públicos e
particulares do município. “Conforme lido na justificativa, a Lei 982/12 foi
aprovada em total desrespeito às normas legais, mas a mais importante não foi
respeitar a vontade popular. Como legislador, eu não quero pecar por omissão,
por isso peço aos colegas que acompanhem comigo, para que possamos corrigir um
erro do passado, já que foi aprovada na legislatura anterior”, pediu Dr. Thiago
(PSDC).
“Não só fico
contente com a iniciativa do Dr. Thiago, como vou votar favorável. Não poderia
ser o contrário, estou em total acordo com o que o vereador apresentou.” Disse
o vereador Sampaio (PTdoB).
“Quero
parabenizar o vereador Dr. Thiago pela iniciativa, porque aí começa realmente o
resgate desse Legislativo. Essa lei foi uma aberração, foi uma pena o prefeito
mandar o veto parcial e não o total, mas tenho certeza que este legislativo
está aqui para fazer a diferença”, avaliou a vereadora Dra. Rita Gomes (PTdoB).
“Havia um
sentimento interno de todos e a minha posição quanto a isso todos sabem que
desde o início fui contrário à Lei”, argumentou o vereador Prof. Valdir
Veríssimo (PPS), fazendo um alerta sobre a necessidade de se rediscutir o Plano
Diretor. “Infelizmente quando elaboraram o Plano, foram omissos em muitas
coisas, uma delas, são as passagens públicas, que o documento apenas menciona e
agora, quando queremos garantir uma passagem, temos que desapropriar. Nem o
mapa que o vereador Luizinho pediu sobre as passagens, não existe. E dizem que
o Plano é a oitava maravilha do mundo. O Plano Diretor também é omisso na
questão das garagens. Precisamos resgatar essa discussão e rever o Plano
Diretor”.
“O
sentimento da Câmara, a linha de trabalho começa a mostrar sua cara. O vereador
Dr. Thiago foi muito certeiro nesse pedido porque direciona a Câmara à vontade
da população e à vontade técnica. Mostra a que veio os vereadores desta
Legislatura”, corroborou Luizinho da Ilha (PCdoB).
“A população
acreditou na gente e nos cobra uma boa conduta. O mandato é passageiro, que a
gente passe e deixe um compromisso com o povo e um nome a zelar”, disse Adilton
Ribeiro (PSD).
Outra
aprovação unânime da Casa foi o PL 12/2013, proposto pela Mesa Diretora, que
concede reajuste de 5,91% aos servidores do Poder Legislativo. O percentual
visa conceder aos vencimentos dos funcionários os ganhos perdidos com a
inflação do período.
Comissões Permanentes
O Executivo
enviou à Casa de Leis quatro proposituras, os PLs 21 e 22/2013, que pretendem
alterações na estrutura administrativa da Prefeitura de Ilhabela, além do PL
23/2013 que altera a estrutura administrativa da Fundaci – Fundação de Arte e
Cultura de Ilhabela. Já o PL 24/2013 institui o programa Bolsa Orquestra e dá
outras providências, todos remetidos às Comissões Permanentes para análise.
Os
parlamentares apresentaram sete Projetos de Lei que também foram encaminhados
pela presidente Maria das Graças, Gracinha (PSD) às Comissões Permanentes,
entre eles, o PL 18/2013, assinado pelo vereador Luizinho da Ilha (PCdoB) que
dispõe sobre a concessão de homenagem aos caiçaras que prestaram relevantes
serviços à cultura regional e o PL 16/2013, proposto pelo parlamentar Dr.
Thiago Santos (PSDC) que institui nas escolas do município atividades que
tenham por objetivo transmitir aos alunos informações sobre as consequências do
uso de drogas lícitas e ilícitas.
A próxima
sessão Ordinária da Casa será no dia 2 de abril às 18h com transmissão ao vivo
pelo site www.camarailhabela.sp.gov.br.
Vereadores questionam real intenção do
Estado sobre Hospital Regional no Litoral
Durante a
sessão Ordinária da última terça-feira (26/3), o vereador Carlos Alberto,
Carlinhos (PMDB), pediu discussão do requerimento 169/2013, apresentado pela
vereadora presidente Gracinha (PSD) e subscrito pelos pares Dra. Rita Gomes
(PTdoB) e Adilton Ribeiro (PSD), em que questionam a secretaria de Estado da
Saúde sobre a construção do Hospital Regional do Litoral Norte.
No
documento, Gracinha, Rita e Adilton demonstram sua preocupação com a ausência
de informações sobre o HR do Litoral Norte no recente encontro do Governo do
Estado com os representantes dos municípios paulistas, quando foram anunciados
mais de R$ 2 bilhões de investimentos para os 645 municípios, entre eles, a
construção de quatro Hospitais Regionais, incluindo o de São José dos Campos e
ampliações para o HR de Taubaté, no entanto, não houve nenhuma menção ao
Hospital Regional do Litoral, razão pela qual os vereadores resolveram
apresentar requerimento questionando o Estado sobre a real situação do prazo
para a construção ou se realmente haverá a construção do HR no Litoral.
Carlinhos
(PMDB) explicou o pedido de discussão por achar que a matéria exigia um maior
diálogo, tamanha sua importância. Ele acredita que a ‘pendenga política’ entre
os prefeitos de Caraguatatuba, Antônio Carlos e São Sebastião, Ernane Primazzi,
pelo local onde será o Hospital está levando a região ao perigo de perder a tão
sonhada reivindicação. “É lamentável o que o prefeito de Caraguatatuba está
fazendo com a nossa região. Por uma questão de preciosismo, interesses escusos,
não sei, a situação está tomando um caminho que estamos vendo a possibilidade
de perdermos o Hospital Regional. São Sebastião já tem perto da divisa um
terreno desapropriado e destinado à construção e o prefeito de Caraguatatuba
diz não abrir mão de ser em Caraguá. Deixo meu repúdio a esse cidadão porque
não está pensando na própria cidade e nem na região, está prejudicando quase
300 mil pessoas, lamentavelmente vamos sofrer as consequências”, disparou o
parlamentar.
A vereadora
presidente Gracinha (PSD) acredita que nesse momento, a principal questão é
saber se realmente há a intenção da construção do Hospital Regional na região.
“Nossa preocupação não é nem onde vai ser nesse primeiro instante, nossa
preocupação maior é se realmente vai sair o Hospital, porque o secretário
anunciou três ou quatro Hospitais Regionais e em nenhum momento falou do
Hospital Regional do Litoral Norte. Não podemos perder isso, estamos
preocupados, pois não mostrou intenção de fazer, por isso queremos uma resposta
por escrito para saber a que pé realmente está essa questão do Hospital
Regional na nossa região”, esclareceu a presidente.
“Realmente
hoje existe uma guerra de vaidades e só quem vai perder é a região. Hoje a
gente até sente a vontade política, é uma reivindicação muito antiga do Litoral
Norte esse Hospital Regional e essa guerra de vaidade pode acabar prejudicando
a comunidade. Temos problemas regionais sérios, se cada hora que tiver a
vontade política a vaidade for maior, nós vamos perder muito e foi isso que
sentimos lá na reunião”, alertou a vereadora Dra. Rita (PTdoB).
“A gente
fica preocupado porque num evento que tinha mais de dois mil prefeitos se falou
de tudo, menos do nosso Hospital Regional. Essa briga política não pode nos
prejudicar. Temos que nos unir e fazer dele uma realidade antes que chegue o
período eleitoral, porque aí a situação complica”, completou Adilton Ribeiro
(PSD).
O
requerimento foi aprovado por unanimidade e os demais parlamentares também
assinaram o documento endereçado à Secretaria de Estado da Saúde e também ao
Governador Geraldo Alckmin. A expectativa é que a resposta chegue em até 15
dias.
Câmara aprova Refim em Extraordinária,
mas avisa que é a última vez
Após o
término da sessão Ordinária da última terça-feira (26/3), a vereadora
presidente Gracinha (PSD) convocou sessão Extraordinária para que os pares
pudessem apreciar o projeto 4/2013 que cria o Programa de Recuperação Fiscal
Municipal – Refim – anistia de juros e multa para contribuintes que se
encontrem em débito com as finanças municipais. Os descontos vão de 100% para
pagamentos à vista, tendo o percentual decrescente até o limite de 40% para
saldos parcelados em 36 meses, mas a Lei permite que parcelamento em até 60
vezes. Apesar de aprovado por unanimidade, os pares deixaram claro que não têm
intenção de aprovar um novo projeto do tipo, já que esta é a quarta vez que se
concede anistia na atual gestão.
Uma emenda
aditiva ao Projeto, proposta pelos parlamentares Prof. Valdir Veríssimo (PPS),
Professora Dita (PTB) e Luizinho da Ilha (PCdoB) reduz a verba sucumbência
(honorários advocatícios) para 1%. A legislação vigente estabelece 10% mas para
o vereador Prof. Valdir Veríssimo não deveria nem ser cobrado, pois as pessoas
mais humildes não têm condições de pagar suas dívidas e os 10% oneram ainda
mais. No entanto, o parlamentar fez um alerta ao Executivo para que procure
alternativas para evitar esses programas de refinanciamento, pois os maus
pagadores também acabam sendo beneficiados. “Existem milionários se
beneficiando disso, gente que deve quase R$ 2 milhões de impostos e fica
esperando o Refim. Isso não pode continuar”.
Carlinhos
(PMDB) pediu aos pares que mantenham o acordo para que esse seja o último ano
que a Casa aprove o Refim. “Esperamos que o Executivo faça um trabalho para que
não seja mais necessário que isso aconteça, pois estamos beneficiando os maus
pagadores”.
“Isso mostra
o posicionamento que esta Casa doravante tomará que é exatamente corrigir e não
mais permitir o que achamos errado. Vamos indicar ao Executivo meios que s pode
promover para não termos mais esse processo de Refim, criando um mecanismo
injusto para quem é adimplente, ou seja bom pagador”, declarou o vereador
Sampaio (PTdoB).
O vereador
Dr. Thiago Santos (PSDC) falou das áreas que devem mais de R$ 1,5 milhão de
impostos e não pagam, sugerindo a desapropriação. “O município precisa de áreas
para construção de creches, escolas, postos de saúde. Por que não desapropriar
essas área milionárias que não pagam seus impostos?”, indagou.
“Hoje faz-se
o Refim, paga-se uma parcela e espera-se o próximo Refim. Isso não pode
acontecer. Vira-se uma bola de neve e fica sem solução. A legislação deve ser
cumprida, temos que pensar também nos cidadãos que pagam seus impostos em dia.
As melhorias saem dos impostos e vão para todos. Acho que esta Casa não pode
ser conivente com isso, vamos votar hoje e pensar soluções para ajudar o Executivo
a não precisar mais fazer o Refim”, opinou a vereadora Dra. Rita (PTdoB).
Os grandes
milionários querem terra, mas não querem pagar impostos, o Executivo tem que
desapropriar e construir benfeitorias para a comunidade. Que esse seja
realmente o último ano de aprovação do Refim nesta Casa”, declarou Adilton
Ribeiro”.
Quase no fim
da discussão, o vereador Prof. Valdir Veríssimo (PPS) chamou atenção para uma
distorção no projeto, que permitia a regularização de multas, o que revoltou o
vereador Carlinhos (PMDB). “Se está fazendo multa é porque fez coisa errada.
Proponho uma emenda que corrija essa distorção”, sugeriu. A sessão foi suspensa
pela presidente Gracinha (PSD) e os pares entraram num consenso, apresentando
uma emenda que estenda o Refim apenas a tributos.
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Leninha Viana | Jornalista - MTB 43079/SP
Assessoria de Imprensa | Câmara Municipal de Ilhabela
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