Travessia Porto Alegre - Guaíba
Depois
de 50 anos, a histórica travessia volta a ser realidade
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Catamarã,
embarcação apropriada
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A
travessia de passageiros por barcas entre Porto Alegre e Guaíba iniciou na
administração de José Loureiro da Silva (1937/1943), que a criou através de um
projeto datado de 18 de setembro de 1940.
Em
1953, todos os dias cruzavam, pelas águas do Guaíba, cerca de 600 veículos e
mais de mil passageiros, usuários de ônibus. A travessia era feita por quatro
barcas adquiridas dos Estados Unidos – conforme registros, elas haviam sido
utilizadas pelos americanos durante a Segunda Guerra Mundial.
A
falta de equipamentos de navegação adequados e as condições climáticas típicas
do Rio Grande do Sul, com nevoeiros e ventos fortes, faziam com que o serviço
fosse apenas diurno.
Paralelamente
a isto, em meados da década de 50, começaram as obras de construção das pontes,
inauguradas em 28 de dezembro de 1958. Com o estabelecimento da ligação
entre as duas cidades, por via rodoviária e com o grande incremento da
indústria automobilística, a travessia por barcas acabou sendo desativada no
início dos anos 60.
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Conforto e segurança nos Catamarãs
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O
crescimento populacional das duas cidades ao longo das décadas e o consequente
aumento de tráfego de veículos nas pontes, exigiu novas alternativas.
E
então, 50 anos depois, a volta da travessia fluvial surgiu como solução
Um
meio de transporte que une rapidez, segurança, respeito ao meio ambiente e
conforto para os passageiros.
Tudo
isto se concretiza através da CatSul – Catamarãs do Sul – empresa gaúcha que
venceu a licitação para oferecer uma alternativa de transporte de passageiros
entre Porto Alegre e Guaíba.
A
CatSul conta com as áreas administrativas, de tráfego, de manutenção e comercial.
Em suas diversas atribuições, todos eles trabalham pela segurança e pela
satisfação dos nossos passageiros.
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Percurso da
travessia
Porto Alegre >
Guaíba > Porto Alegre
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Além
da rapidez, segurança e conforto aos passageiros, a CatSul, com este novo
serviço, gera, inicialmente, 40 novos postos de trabalho, empregando
profissionais nas áreas de venda, apoio, administração e tripulação.
Quanto
Custa
O
valor do bilhete de embarque foi estabelecido no cálculo tarifário apresentado
no processo licitatório, autorizado pelos órgãos que regulamentam o serviço da
Travessia Porto Alegre – Guaíba, de acordo com levantamento de custos e
investimentos necessários à operação.
Custo
travessia a partir de 01/09/2012 - R$ 7,25 por trecho.
Onde
Comprar
A
compra dos bilhetes é realizada nos terminais Hidroviários de Porto Alegre e de
Guaíba. O usuário pode garantir o seu bilhete para o dia e horário que quiser
com até 30 dias de antecedência, como também pode comprar ida e volta em
qualquer um dos Terminais Hidroviários de Porto Alegre e Guaíba
Formas
de pagamento
- Dinheiro
- Cartão
de débito (Banricompras, Visa e Master)
- Cartão
TEU - Bilhete Metropolitano www.teubilhete.com.br
HIDROVIAS
Por
Rodolfo F. Alves Pena
Hidrovia
é um meio de transporte utilizado sobre as águas de grandes rios, canais e
lagos. Sua principal função é a de realizar o transporte de pessoas e,
principalmente, de mercadorias.
Os
tipos de mercadorias que costumam ser transportados nas hidrovias são sempre os
materiais não perecíveis, como carvão, areia, grãos entre outros. Geralmente, a
preferência é transportar produtos que tenham um baixo valor por peso, a
exemplo do minério de ferro.
Entre
as vantagens da implantação de hidrovias em um território, estão a alta
capacidade de transporte e o baixo custo de manutenção e implementação. As
desvantagens são a lentidão, a falta de flexibilidade no transporte, as
limitações quanto ao tipo de carga transportada e a excessiva dependência das
condições climáticas.
Apesar
de ser relativamente barata, a implementação de uma hidrovia pode ter custos
variados, dependendo da necessidade da infraestrutura a ser construída, como
barragens e eclusas. O processo de implementação depende, sobretudo, da
construção de uma sinalização adequada para as embarcações, bem como de
correções nos cursos d’água para a facilitação da circulação dos navios.
Apesar
de apresentar baixos investimentos em hidrovias, o Brasil possui seis: a
Hidrovia do Rio Madeira, a do Paraguai-Paraná, a do Tocantins-Araguaia, a do
São Francisco, a do Solimões-Amazonas e a do Tietê-Paraná.
A opção do transporte hidroviário
Um
levantamento realizado pelo Instituto de logística e Supply Chain (Ilos), do
Rio de Janeiro, mostra que o Brasil tem a pior infraestrutura de logística entre
os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). Em rodovias pavimentadas, o
Brasil dispõe de apenas 212 mil quilômetros, enquanto a Rússia tem 655 mil
quilômetros e a Índia e a China 1,5 milhão cada. Para se ter um termo de
comparação, diga-se que os Estados Unidos têm 4,2 milhões e o Canadá 516 mil.
Mesmo
assim, o Brasil continua a transportar 76% de suas cargas sobre caminhões. No
Estado de São Paulo, o mais desenvolvido da Federação, a situação é ainda mais
grave: 80% das cargas movimentadas passam por rodovias, o que causa numerosos
transtornos para a população e para o setor produtivo. Para comparar, lembre-se
que os Estados Unidos, país da indústria automobilística e das rodovias,
somente 38% das cargas viajam de caminhão.
Diante
disso, o desafio do governo paulista – e do brasileiro – é multiplicar a
participação de outros modais no transporte de cargas, notadamente o
ferroviário e o hidroviário. Mas, à guisa de exemplo, analise-se apenas a
questão hidroviária. Até 2003, apenas 0,5% do tráfego de mercadorias no Estado
era realizado por hidrovia, ou seja, 700 milhões de toneladas por quilômetros
úteis (tku). Naquele ano, o governo do Estado lançou o Plano Estratégico
Hidroviário que previa a elevação desse índice para 6% até 2012, ou seja, 16
bilhões de tku.
Por
enquanto, o transporte aquaviário está concentrado na Hidrovia Tietê-Paraná,
embora haja espaço para a ampliação do modal, principalmente se o governo
estadual investir mais e explorar a navegação dos rios Paranapanema, Grande,
Paraíba e, principalmente, do Ribeira do Iguape, levando o desenvolvimento ao
Litoral Sul e Vale do Ribeira.
Segundo
dados da Agência Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq), o modal
hidroviário no Estado atende praticamente a grãos, farelos e óleos vegetais
(soja, trigo e milho), produtos do setor sucroalcoleiro (cana, açúcar e
álcool), petroquímicos e combustíveis, insumos agrícolas (calcário,
fertilizantes e defensivos), madeira e celulose, além de contêineres em menor
número.
Os
investimentos ainda são incipientes, principalmente se se levar em conta que o
modal hidroviário é 20 vezes mais barato que o rodoviário. Uma barcaça pode
transportar até 1.500 toneladas, equivalente a 60 carretas, que podem
transportar no máximo até 25 toneladas cada. É de ressaltar ainda que, nas
hidrovias, não há pedágios nem buracos que causam danos aos veículos e à carga
e o risco de roubo é menor. Além disso, uma barcaça pode substituir até 15
vagões com capacidade para carregar até 100 toneladas.
Mas
é claro que há obstáculos: a profundidade dos rios é insuficiente em
determinados trechos e há pontes estreitas que dificultam a passagem, por
exemplo. Sem contar que o transporte hidroviário é mais lento e demorado.
Dependendo da época do ano, os rios ficam rasos e a navegação se torna
inviável. Mesmo assim, é um modal atraente, pois os fretes hidroviários podem
ser 62% mais baratos que os rodoviários. O que falta é investimento para
torná-lo uma opção factível para todo o tipo de carga.
Hidrovia é uma rota pre-determinada para o
tráfego aquático.
Desde
tempos muito antigos, o homem utiliza a água como estrada. Nos dias atuais,
mares, lagos e rios são constantemente cortados por embarcações do mais
diferentes tipos, desde os imponentes navios até as humildes barcaças. Cada um
desses veículos foi planejado e construído de forma a preencher certos
requisitos que lhe dêem o máximo de eficiência na tarefa que lhe cabe.
As
hidrovias são vitais para o transporte de grandes volumes de cargas a grandes
distâncias, e constituem importante ferramenta para o comércio interno e
externo, pois propiciam a oferta de produtos a preços competitivos.
Em
termos de custo e capacidade de carga, o transporte hidroviário é cerca de oito
vezes mais barato do que o rodoviário e de três vezes, do que o por ferrovia.
Verifica-se, por exemplo, na União Europeia, que a energia específica
despendida pelo modo hidroviário é da ordem média de 0,6 MJ/t.km (megajoules
por tonelada-quilômetro), enquanto, em condições semelhantes, a ferrovia
despende de 0,6 a 1,0 MJ/t.km e os caminhões pesados de 0,96 a 2,22 MJ/t.km.
A
Hidrovia Paraná-Tietê é atualmente mais uma opção de lazer e turismo no Estado
de São Paulo, oferecendo aproximadamente 2.400 km de estirões de águas
navegáveis, que envolvem 85 municípios e vão desde as proximidades da capital
paulista até a parte extremo oeste do Estado. As atividades oferecidas estão
baseadas em sua integração com a natureza e aos atrativos históricos demarcados
pelos caminhos dos bandeirantes no desbravamento do interior paulista. É neste
contexto que o turismo hidroviário se destaca, oferecendo embarcações que levam
a conhecer a hidrovia, os parques aquaviários, represas, eclusas, cachoeiras,
ilhas fluviais e baías, além das termas e colônias de férias.
O
rio Tietê foi o primeiro caminho de penetração para o interior de São Paulo, já
no primeiro século de colonização, como acesso ao interior para aventureiros,
ambicionando ouro e pedras preciosas e, posteriormente com as monções, apesar
das dificuldades de navegação que apresentava, ao longo do seu curso, com
corredeiras e quedas que forçavam o seu contorno por meio do desembarque das
canoas.
Após
vários planos de navegação, elaborados nos últimos anos, finalmente, há pouco
tempo o rio Tietê passou a ser navegável em toda a sua extensão, graças às
eclusas construídas nos locais dos antigos obstáculos.
Apesar do potencial, hidrovias brasileiras
são subaproveitadas
Apenas
4% de toda a carga brasileira é transportada através dos rios
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Hidrovia no Alto
Tietê, progresso e conforto
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Desde
2009, atendendo a um pedido do Governo do Estadual, a Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo da
Universidade
de São Paulo estuda utilizar os rios e represas da capital paulista para criar
um grande anel hidroviário. A rede de transportes hidroviários deverá ser
implantada em São Paulo até 2040, mas já é muito comum em outras partes do país
e regiões metropolitanas de outros países.
Ligando
os rios Tietê e Pinheiros e as represas Billings e Taiaçupeba, o anel
hidroviário terá 170km de comprimento e vai passar por 15 municípios da Grande
São Paulo. Alexandre Delijaicov, professor da FAU-USP e coordenador do Grupo
Metrópole Fluvial, explica que será construído um canal entre as duas
barragens, além de estruturas que cuidem do lixo da cidade, eliminando os
aterros sanitários.
“Vamos
construir três ‘tri portos’ na Região Metropolitana. Eles integrarão hidrovias,
rodovias e ferrovias com o objetivo de acabar com os aterros na cidade”,
comenta Alexandre. Ele explica que os ‘tri portos’ servirão para transformar
entulho, lixo doméstico, terra de escavação, lodo e resíduos de estações de
tratamento em materiais que poderão ser reaproveitados, não apenas na capital
paulista, mas também em outras cidades e estados. Esse transporte
intermunicipal será realizado por caminhões e trens.
Alexandre
destaca que o hidroanel de São Paulo será voltado para a própria cidade. “Não
estamos planejando fazer o transporte para outras regiões do país através dos
rios. O hidroanel vai transportar material produzido na cidade para a própria
cidade”, comenta. A princípio, as hidrovias paulistas serão utilizadas para
saneamento, mas também poderão ser usadas para transporte de passageiros e
lazer.
Potencial
subaproveitado
De
acordo com relatório da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o
Brasil tem cerca de 13 mil quilômetros de hidrovias economicamente utilizáveis.
Se fossem realizadas as obras estruturais adequadas, além da exploração de
outros rios e lagos com potencial econômico, a malha hidroviária do Brasil
poderia chegar a 63 mil quilômetros.
Apesar
desse potencial, o volume de cargas transportadas nos rios brasileiros ainda é
muito pequeno. Anualmente, navegam pelas hidrovias nacionais cerca de 45
milhões de toneladas de carga, o que equivale a apenas 4% do total transportado
em todo o Brasil. Para fins de comparação, as estradas brasileiras são
responsáveis por 58% da movimentação de cargas, o que equivale a 652,5 milhões
de toneladas.
O
investimento em hidrovias traria ao país uma série de vantagens econômicas e
ambientais. O estudo aponta que o transporte de cargas através dos rios tem
eficiência energética 29 vezes maior do que nas rodovias, além de consumir 19
vezes menos combustíveis. Com isso, a poluição emitida pelos barcos é seis
vezes menor que aquela produzida pelos caminhões que transportariam a mesma
quantidade de carga.
Pelo
viés econômico, as hidrovias também representam a forma mais vantajosa de se
transportar carga por longas distâncias. O frete hidroviário de produtos
agrícolas e minerais é duas vezes menor que o ferroviário e quatro vezes mais
baixo que o rodoviário. Atualmente, o Governo subsidia 1 bilhão de reais para o
escoamento da produção agrícola através de rodovias. Se o escoamento fosse
feito pelos rios, o gasto seria muito menor.
Hidrovias pelo mundo
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Rio Tamisa, 120
anos de investimento na despoluição
das águas do rio
que cruza a cidade de Londres
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O
modelo de hidrovia que São Paulo deverá receber nas próximas décadas é
semelhante àqueles existentes em cidades da Europa, como Londres, Paris, Moscou
e Viena.
Não
só na Europa, mas também na Ásia e América há grandes - e antigos - projetos de
hidrovias. O rio artificial mais antigo do mundo é o Grande Canal Jing-Han, na
China. Em 605, o imperador Yang Guang ordenou a construção de um grande canal
entre Pequim e Hangzhou, utilizando trechos construidos em, pelo menos 486 a.C.
A obra foi concluída em meados de 1280 e hoje é considerado o maior canal do
mundo, com 1.776km.
Alexandre
destaca também os canais construídos pelos astecas, na época da fundação da
antiga capital do império, Tenochtitlán, por volta de 1325. Criada em um
arquipélago, a cidade tinha um complexo sistema de canais que permitiam a
passagem de canoas e barcaças maiores, utilizada para a limpeza das ruas. Hoje,
porém, os canais não existem mais. Quando os colonos espanhóis chegaram ao
México, destruíram grande parte dos diques construídos pelos astecas,
diminuindo a área do Lago Texoco. "Grande parte da Cidade do México está
localizada no antigo leito do lago. Isso explica a grande instabilidade do solo
local", comenta o professor.
Hoje,
a hidrovia é um dos principais modos de se transportar cargas e passageiros
pela Europa. As principais capitais europeias, como Londres, Paris, Berlim,
Moscou, Viena e Amsterdã são pontos de convergência de hidrovias que as ligam
às demais cidades de seus territórios e a países vizinhos. De acordo com a Inland
Navigation Europe, companhia que promove o uso da navegação, o continente conta
com 40 mil quilômetros de hidrovias.
A rede de hidrovias da Inglaterra
contribuiu para a Revolução Industrial no fim do Século 18
Um
exemplo de país interligado por canais artificiais é o Reino Unido. “A
navegação entre cidades britânicas feita pelo mar era muito perigosa. Por isso,
os ingleses construíram cerca de 8 mil quilômetros de canais no Século 18”. Na
verdade, de acordo com o professor, a Revolução Industrial só foi possível
graças às hidrovias britânicas. Em uma época em que ainda não existiam
ferrovias, os rios e canais possibilitaram um grande escoamento de produtos,
além da transferência de material e de tecnologia para se construir fábricas
longe de Londres.
As 10 maiores redes de hidrovias do mundo
Saiba
quais são os países que mais utilizam os rios para o transporte de carga e
pessoas
A
navegação nos rios é uma das práticas mais antigas da humanidade. No norte da
Índia, as pessoas já se deslocavam em barcos há mais de 5.300 anos. Hoje, redes
de hidrovias são usadas principalmente para escoar mercadorias, seja ela
produtos agrícolas, minerais ou outros. Comboios de barcos ou balsas carregadas
de contêineres podem ser facilmente avistados em rios como o Mississipi, nos
Estados Unidos, e no Danúbio e Reno, na Europa.
Especialistas
apontam que o transporte fluvial é um dos mais vantajosos do ponto de vista
econômico, mas sofre com vários problemas, entre eles a construção de represas
que dificultam a navegação nos rios. Eles afirmam, também, que este é um setor
que ainda tem muito a crescer.
Confira,
a seguir, quais onde estão localizadas as dez maiores redes de hidrovias do
planeta. O Brasil está bem colocado no ranking.
1.
CHINA
Extensão
da rede: 110.000 km
2.
RÚSSIA
Extensão
da rede: 102.000 km
3.
BRASIL
Extensão
da rede: 50.000 km
4.
ESTADOS UNIDOS
Extensão
da rede: 41.009 km
5.
INDONÉSIA
Extensão
da rede: 21.579 km
6.
COLÔMBIA
Extensão
da rede: 18.000 km
7.
VIETNÃ
Extensão
da rede: 17.702 km
8.
CONGO
Extensão
da rede: 15.000 km
9.
ÍNDIA
Extensão
da rede: 14.500 km
10.
MYANMAR
Extensão
da rede: 12.800 km
Fonte:
CIA Fact Book
Para
o governo federal, é preciso criar mais um ministério para solucionar uma questão
secular sem resultados práticos.
Leia
a matéria a seguir, publicada no jornal O Estado de S.Paulo em 3 de abril de
2013, por Fábio Fabrini.
Dilma
prepara a sua quinta estatal, a ‘Hidrobrás’, para portos e hidrovias
Presidente
vai igualar o número de estatais criadas nos dois mandatos de Lula, além de
aumentar a quantidade de ministérios para 39
BRASÍLIA
- O governo Dilma Rousseff prepara a criação de mais uma estatal, que terá a
tarefa de cuidar dos portos fluviais, hidrovias e eclusas do País. Projeto dos
ministérios do Planejamento e dos Transportes prevê a formação de uma nova
empresa, que assumirá as funções, nessa área, do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Dnit). Caberá a ela projetar, construir, operar,
manter e restaurar a estrutura de navegação em rios, hoje muito abaixo de suas
possibilidades e do potencial do País.
Se
levada adiante, a nova estatal será a quinta de Dilma em menos de três anos de
governo - seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, também criou cinco, mas em
oito anos. A presidente já incorporou à administração federal a Infraero
Serviços, a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa e a Agência Brasileira Gestora
de Fundos Garantidores e Garantias, além da Empresa Brasileira de Planejamento
e Logística (EPL), esta última para planejar e articular ações na área de
Transportes. As companhias se somam a dois ministérios - a Secretaria de
Aviação Civil e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa -, adicionados por
Dilma às 37 pastas herdadas de Lula.
Ainda
em gestação, a "Hidrobrás" teria dupla vinculação, reportando-se
tanto ao Ministério dos Transportes quanto à Secretaria de Portos da
Presidência (SEP), responsável hoje pelos terminais marítimos. A principal
justificativa para a criação é que, sob o guarda-chuva do Dnit, os portos
fluviais e hidrovias ficam em segundo plano, pois a autarquia concentra suas
atividades na gestão da imensa malha rodoviária.
Multimodais.
"Países com as dimensões do Brasil não têm órgãos multimodais (para gestão
de mais de um tipo de transporte), como o Dnit", argumenta autoridade do
governo envolvida no projeto, explicando que o Brasil não usa um terço de sua
capacidade hidroviária. "Para você potencializar isso, precisa de alguma
especialização", sustenta.
O
ex-ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que ontem transferiu o cargo
ao ex-senador César Borges (PR-BA), diz que o objetivo do governo é tirar a
estatal do papel este ano. "Estamos trabalhando com uma reestruturação
onde se considera uma empresa para cuidar de portos fluviais e a manutenção das
vias navegáveis", afirmou, sem dar mais detalhes.
Segundo
Passos, a continuidade dependerá do novo titular da Pasta. A criação da estatal
deve ser discutida hoje em reunião de Borges com a cúpula do Dnit. Por ora, o
ex-senador não se inteirou da estrutura que terá de administrar. Só ontem, após
sua posse no Planalto, soube o número de diretorias do Dnit. "Quantas são?
Três?", perguntou ao diretor-geral do Dnit, general Jorge Ernesto Pinto
Fraxe, sendo informado de que elas são sete.
A
execução orçamentária do Dnit expressa a atrofia do transporte fluvial no
governo Dilma. Em 2011, segundo dados do Tesouro, a autarquia investiu R$ 202,6
milhões nas hidrovias e portos fluviais, 52% do que prometeu (R$ 386,8
milhões). Em 2012, o desempenho foi ainda pior. O valor efetivamente gasto (R$
145,1 milhões), a 32% do previsto (R$ 450,7 milhões). Nos dois anos, do total
aplicado, mais de 70% são de restos a pagar de exercícios anteriores.
Projetos
importantes tiveram pouca ou nenhuma verba. Em 2012, por exemplo, o Dnit previu
R$ 100 milhões para a Eclusa de Lajeado, no Rio Tocantins, mas não gastou nada.
Para melhorar o canal de navegação do Rio Madeira, reservou R$ 10,4 milhões,
mas pagou R$ 3,9 milhões.